É tempo de renovação, de nos reinventarmos, de acreditarmos que serão promissores os momentos futuros que a humanidade nos reserva. Com a convicção de que na vida tudo pode renovar-se, a escritora Cecília Meireles usou-se do olho, do olhar, para discorrer sobre modos de transpor adversidades que surgem no meio do caminho, confira abaixo o seu poema Cânticos – XIII
Renova-te. Renasce em ti mesmo. Multiplica os teus olhos, para verem mais. Multiplica-se os teus braços para semeares tudo. Destrói os olhos que tiverem visto. Cria outros, para as visões novas. Destrói os braços que tiverem semeado, Para se esquecerem de colher. Sê sempre o mesmo. Sempre outro. Mas sempre alto. Sempre longe. E dentro de tudo.
Cecília Meireles